A MATEMÁTICA foi uma criação ou uma descoberta ?

06/03/2024 às 2:12 | Publicado em Midiateca, Zuniversitas | Deixe um comentário
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Um bom vídeo sobre uma questão polêmica.


O livro de apenas 10 páginas

03/10/2023 às 2:31 | Publicado em Artigos e textos, Baú de livros, Zuniversitas | 1 Comentário
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Essa interessante notícia li no twetter via mensagem de whatsapp de um grande amigo. Considerando os meus conhecimentos de Análise Combinatória do Ensino Médio, e levando em conta que a ordem das estrofes modifica totalmente um poema (soneto) se tornando outra poesia, arrisco a contestar a quantidade final de possíveis livros surgidos a partir deste inicial. Isso considerando que se trata de um caso “clássico” de Arranjo sem repetição (A n,p)


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O livro de apenas 10 páginas que ninguém pode terminar de ler durante a vida!  Em 1960, o escritor francês Raymond Queneau apresentou o livro mais extenso do mundo. Trata-se de Cent Mille Miliards de Poémes (Cem Mil Bilhões de Poemas, em português), um pequeno livro que ocupa apenas dez páginas e que contém cada uma delas um soneto. Os versos mantêm todos a mesma rima e estão cortados em tiras, de modo que podem ser combinados com os outros sonetos. Assim, o número total de combinações possíveis contidas no livro é de 10 elevado a 14, ou seja, cem bilhões de poemas diferentes. Isso significa que ninguém nunca poderá ler o livro inteiro por mais que se dedique a isso, pois a tarefa levaria, pelo menos, vários milhões.

FONTE: https://twitter.com/jornalnota/status/1707215123809530284

Brasileiros levam ouro, prata e bronze na maior olimpíada de matemática do mundo

20/07/2023 às 2:19 | Publicado em Artigos e textos, Zuniversitas | Deixe um comentário
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Confiram essa notícia e observem a origem do primeiro lugar ! Que água o povo bebe naquela terra ? Ou seria a falta de água ?


Brasileiros levam ouro, prata e bronze na maior olimpíada de matemática do mundo

Seis estudantes representaram o Brasil na competição internacional que aconteceu no Japão. Cearense Matheus Alencar, de 16 anos, subiu ao ponto mais alto do pódio.

Brasileiros levam ouro, prata e bronze na Olimpíada Internacional de Matemática, a mais disputada do gênero — Foto: Arquivo pessoal

Brasileiros levam ouro, prata e bronze na Olimpíada Internacional de Matemática, a mais disputada do gênero — Foto: Arquivo pessoal

Com apenas 16 anos, o cearense Matheus Alencar de Moraes alcançou a meta de todos os grandes estudantes de matemática: ele foi medalha de ouro na 64ª edição da Olimpíada Internacional de Matemática, a mais tradicional competição do gênero do mundo. O evento ocorreu entre os dias 2 e 13 de julho em Chiba, no Japão.

Ao todo, a equipe brasileira chega trazendo uma medalha de ouro, duas de prata e três de bronze. Três deles (um ouro, uma prata e um bronze) são estudantes do Colégio Farias Brito, de Fortaleza. Na soma de pontuações, o time Brasil ficou na 16ª posição, entre os 112 países representados na competição de alto nível.

Para conquistar a premiação máxima, Matheus se dedica desde os 11 anos. "Quando tinha 11 anos, ele bateu o pé e disse que queria muito ir para a IMO botar medo em chinês", brincou a mãe do adolescente, Marcele Alencar.

A dedicação para que o filho obtivesse sucesso por meio dos estudos, inclusive, foi um incentivo solitário de Marcele que ficou viúva quando Matheus ainda era criança.

Aos 16 anos, cearense Matheus Alencar de Moraes vence medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática — Foto: Arquivo pessoal

Aos 16 anos, cearense Matheus Alencar de Moraes vence medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática — Foto: Arquivo pessoal

Histórico do Brasil no evento

A Olimpíada Internacional de Matemática é a mais antiga, maior e mais prestigiosa de todas as competições do gênero do mundo. Ela foi realizada pela primeira vez em 1959, na Romênia. É uma olimpíada destinada a premiar jovens estudantes do Ensino Médio de mais de 100 países que ainda não entraram numa universidade.

A primeira medalha de ouro do Brasil na disputa foi obtida em 1981. Desde então as equipes brasileiras conquistaram ao todo 158 medalhas, sendo 14 de ouro, 55 de prata, 89 de bronze, além de 35 menções honrosas. Essas conquistas tornam o Brasil o país latino-americano com o melhor retrospecto na história da competição.

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/educacao/noticia/2023/07/14/brasileiros-levam-ouro-prata-e-bronze-na-maior-olimpiada-de-matematica-do-mundo.ghtml

O extraordinário conceito do nada que levou à invenção do zero

12/07/2023 às 2:27 | Publicado em Artigos e textos, Zuniversitas | Deixe um comentário
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Um pouco de HISTÓRIA !


O extraordinário conceito do nada que levou à invenção do zero

Ilustração medieval do encontro de Alexandre Magno com os gimnosofistas (c. 1420)

Legenda da foto, Ilustração medieval do encontro de Alexandre Magno com os gimnosofistas (por volta de 1420)

Dizem que, certa vez, depois de conquistar a Pérsia, há quase 2,3 mil anos, Alexandre, o Grande, chegou às margens do Rio Indo, onde hoje é o Paquistão, e encontrou um gimnosofista,um filósofo nu, sentado sobre uma rocha, olhando para o céu.

"O que você está fazendo?", perguntou Alexandre.

"Experimentando o nada", respondeu o gimnosofista.

"E você, o que está fazendo?”

"Conquistando o mundo", respondeu Alexandre.

Quem conta essa história é o renomado mitólogo indiano Devdutt Pattanaik, para ilustrar as diferenças entre a cultura indiana e a ocidental — e também para mostrar como a Índia estava filosoficamente aberta para o conceito do nada, muito antes de ser escrito o primeiro número zero.

Fogo

As três grandes religiões da Índia antiga — o budismo, o hinduísmo e o jainismo — mantinham um extraordinário enfoque sobre números.

A matemática indiana remonta ao período védico (perto do ano 800 a.C.), quando a prática religiosa exigia cálculos bastante sofisticados.

Naquela época, os rituais eram parte importante da vida das pessoas. E a construção de altares de fogo era regida por especificações precisas, detalhadas nos Śulbasūtras, os textos científicos mais antigos da Índia.

Escritos entre 800 a.C. e 200 a.C., os Śulbasūtras contêm, entre outras coisas:

– Conversões de figuras geométricas, como do quadrado para o círculo ou do retângulo para o quadrado, mantendo as mesmas áreas. Para isso, foi preciso calcular o valor do número pi (π);

– O cálculo da raiz quadrada de 2 (√2), o número irracional que viria a ameaçar a filosofia pitagórica;

– E, falando em Pitágoras, os escritos indianos já incluíam o teorema que acabou levando seu nome, 200 anos antes do nascimento do filósofo e matemático grego.

Gigantes

Além de estarem adiantados na geometria, os indianos desenvolveram uma obsessão única no mundo antigo por números gigantescos.

Na Grécia, o número mais alto era a miríade, que representava 10 mil. Mas a Índia chegou aos trilhões, quatrilhões e mais além. E vestígios dessa antiga paixão pelo inviavelmente grande permanecem vivos até hoje.

"Números muito grandes fazem parte das conversas", diz o matemático indiano Shrikirshna G. Dani.

"Por exemplo, se falo em ‘padartha‘ sem explicar, quase todo mundo entende.”

Padartha?

"É 10¹⁷ — 1 seguido por 17 zeros [100.000.000.000.000.000, ou 100 quatrilhões] — e significa literalmente ‘a meio caminho do céu’", esclarece o professor.

"E, na tradição budista, os números iam muito mais além: 10⁵³ é um deles."

Mas qual o motivo desses números? Eles eram usados para alguma coisa?

"Não existe nenhuma razão prática óbvia", afirma Dani.

"Acredito que exista um certo tipo de satisfação que as pessoas obtêm quando pensam neste tipo de número."Escritos do Śulbasūtra

Legenda da foto, No ‘Śulbasūtra’, Baudhayana (por volta de 800-700 a.C.) escreveu os valores de π e √2, além de um teorema muito parecido com o de Pitágoras

E que razão melhor do que a satisfação!

Os jainistas também não ficavam para trás. Raju, por exemplo, é a distância percorrida por um deus em seis meses, depois de percorrer 100 mil yojanas a cada abrir e fechar de olhos.

Provavelmente essa explicação não te diz nada, mas fazendo um cálculo aproximado, se um deus piscar os olhos 10 vezes por segundo, ele percorre cerca de 15 anos-luz.

Nenhum texto religioso ocidental menciona algum valor próximo a esse.

E, como se não bastasse, os indianos contemplaram e classificaram diversas variedades de infinito, o que foi fundamental para desenvolver o pensamento matemático abstrato dois milênios depois.

Do nada para o zero

É claro que, para imaginar tamanha quantidade de zeros, era preciso inventá-lo primeiro.

A noção de vazio já era presente em diversas culturas. Os maias e os babilônios, por exemplo, usavam marcadores de ausência de quantidade. Mas os indianos foram os que transformaram essa ausência em 0, chamando-a de shunya (“vazio”, em sânscrito).

Dar um símbolo para o nada, dizendo, em outras palavras, que nada era alguma coisa, talvez tenha sido o maior salto conceitual da história da matemática.

Mas quando esse salto aconteceu?

Até poucos anos atrás, o zero mais antigo já encontrado era o que aparece em uma parede do templo do forte de Gwalior, no centro da Índia. Ele data de 875. Naquela época, o zero já era de uso comum na região.

Mas em 2017, especialistas dataram um antigo pergaminho indiano conhecido como manuscrito Bhakshali, descoberto em 1881, como tendo sido escrito nos séculos 3 ou 4, e esse passou a ser o registro mais antigo de um zero. Muitos especialistas, entretanto, contestam a datação.

De qualquer forma, até onde sabemos, os astrônomos e matemáticos indianos Aryabhata, nascido em 476, e Brahmagupta, nascido em 598, foram os primeiros a descrever formalmente as casas decimais modernas e as regras atuais que regem o uso do número zero, demonstrando sua incrível utilidade.

Superior a todos os demais pela forma como facilitava os cálculos, o sistema numérico indiano se espalhou, primeiro pelo Oriente Médio, para depois chegar à Europa e ao resto do mundo, até se tornar o sistema dominante.

Mas por que o zero se originou na Índia? Foi só para escrever grandes números, ou havia outras forças espirituais em jogo?

Arquitetura indiana

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto, Nos manuais arquitetônicos indianos, o espaço vazio das construções era mais importante do que as paredes

Nirvana

Zero

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto, O círculo, símbolo do céu e do vazio, acabou sendo escolhido para indicar o zero

"O interessante é que existe uma grande quantidade de shunya surgindo em toda parte. Estava por aí desde aproximadamente 300 a.C.", segundo o historiador da matemática George Gheverghese Joseph.

Ele destaca que o shunya estava presente em "manuais arquitetônicos, dizendo que o importante não eram as paredes, mas o espaço entre elas", e até "na crença existente no budismo, no jainismo e na base da religião védicao, de que você precisa alcançar um estado específico chamado nirvana, no qual tudo é apagado".

"Era um ambiente muito fértil para que alguém, cujo nome não conhecemos, percebesse que esse conceito filosófico e cultural também seria útil no sentido matemático", afirma o historiador.

Para a matemática Renu Jain, vice-chanceler da Universidade Devi Ahilya Vishwadivyalaya, na Índia, não existe dúvida de que a ideia espiritual do nada inspirou a ideia matemática do zero.

"Zero não indica nada, mas, na Índia, ele é derivado do conceito de shunya, uma espécie de salvação, o ápice qualitativo da humanidade, em certo sentido", explica.

"Quando todos os nossos desejos são atendidos, não temos nenhum desejo e, então, vamos para o nirvana ou shunya."

Ou seja, o nada é o todo.

Na verdade, o próprio uso do círculo para designar o zero pode ter origens religiosas.

"O círculo também simboliza o céu", observa a historiadora da matemática indiana Kim Plofker.

"Muitas das palavras usadas para codificar verbalmente o zero em sânscrito significam céu ou vazio. Por isso, como o céu é representado pelo círculo dos céus, este é um símbolo muito apropriado para o zero", explica.

"Segundo as religiões da Índia, o universo nasceu do nada, e o nada é o objetivo final da humanidade", afirmou o matemático Marcus du Sautoy no episódio The Genius of the East ("O gênio do Oriente") da série de TV Story of Maths ("História da matemática"), da BBC.

"Por isso, talvez não seja surpreendente que uma cultura que acolheu o vazio com tanto entusiasmo pudesse acomodar sem problemas a noção do zero", segundo ele.

Nunca poderemos afirmar com total certeza, mas, a julgar pelas opiniões de diversos especialistas, é provável que algo na sabedoria espiritual da Índia tenha levado à invenção do zero.

Reprodução do zero na antiguidade

Legenda da foto, Até poucos anos atrás, o zero mais antigo já encontrado era o que aparece em uma parede do templo do forte de Gwalior, no centro da Índia, datado de 875

E existe ainda outra ideia relacionada ao zero e ao vazio que teve um impacto profundo no mundo moderno.

Os computadores funcionam segundo o princípio de dois estados possíveis: ligado e desligado. Ao ligado, atribui-se o valor 1; e, ao desligado, 0.

"Talvez não surpreenda que o sistema de números binários também tenha sido inventado na Índia, nos séculos 2 ou 3 antes de Cristo, por um musicólogo chamado Pingala, apesar de seu uso ser para a métrica", afirmou o historiador de ciência e astronomia Subhash Kak à jornalista Mariellen Ward, da BBC Travel.

E pensar que tudo nasceu na Índia… do nada!

FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx73987w829o

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