O brasileiro que desafiou a Microsoft e virou ícone internacional de ativistas

22/02/2024 às 2:49 | Publicado em Artigos e textos, Zuniversitas | Deixe um comentário
Tags: , , ,

Esse artigo é interessantíssimo. Vale a pena ler. Infelizmente a Folha de S. Paulo, assim como outros meios de comunicação, ainda não entendeu a mudança que houve nos direitos autorais com as novas TIC, a grande rede e mais recentemente com a IA. Mais uma vez não consegui o copiar e colar para o post. Assim, convido a quem aqui passar a acessar o link abaixo e conferir.

Lembrando apenas que Sérgio Amadeu é mais um brasileiro não reconhecido aqui como o é no exterior, exemplo do já velho e cansado “complexo de vira-latas” do povo brasileiro.

exclamacao

Um RESUMO:*O brasileiro que desafiou a Microsoft e virou ícone internacional de ativistas* *Política de software público recebeu críticas de grandes empresas à época, mas modelo triunfou* …. O software público começou a ser adotado no ITI e no Serpro, empresa pública de tecnologia da informação que desenvolve os sistemas usados pelo governo federal. "Naquela altura, a gente estava atrasado, porque quem trabalha com programação em geral usa software livre e 66% do pessoal do Serpro ainda estava no Windows", diz Amadeu. "*A Nasa não vai colocar software proprietário em uma espaçonave*, porque não há nem controle nem segurança para isso", acrescenta. Para evitar o acesso de grandes empresas aos dados da presidência dos EUA, a *Casa Branca também não usa softwares proprietários.* Esse debate voltou a ganhar relevância com a consolidação das seis empresas trilionárias que comandam o mercado de tecnologia: Apple, Amazon, Alphabet, Microsoft, Meta e Nvidia. Todas são americanas *** Leia matéria completa“:

https://www1.folha.uol.com.br/tec/2024/01/o-brasileiro-que-desafiou-a-microsoft-e-virou-icone-internacional-de-ativistas.shtml

O Software Livre e a direção perigosa

13/01/2014 às 3:21 | Publicado em Artigos e textos, Zuniversitas | 2 Comentários
Tags: , , ,

Excelente texto e vem ao encontro do que eu penso sobre software livre e direito autoral na era das novas TIC !

Dir


O Software Livre e a direção perigosa

O texto abaixo foi enviado há alguns anos para uma lista de discussão na internet, especializada em Direito e Internet, a Cyberlawyers do Omar Kaminski. Em razão das novas formas contratuais que vão vigorar em relação ao software e à produção intelectual nos próximos anos, e visto que os termos permanecem rigorosamente os mesmos, é interessante relembrar:

A questão de uma hora estávamos eu, o Omar, o Alexandre e o Luis, indo de Curitiba à Florianópolis, para o evento do “Software Livre”. Íamos no meu carro (observe-se que agora estou levando o que sobrou do veículo à concessionária em Curitiba, enquanto o pessoal seguiu para o evento – São 14:25 hs (dia 22/05/2003), e estou aproximadamente a 200km da Capital Paranaense. Escrevo do guincho, razão pela qual este e-mail só irá chegar na lista a noite – ou amanhã).

O fato é que quando estávamos a uns 120km de Florianópolis, o carro misteriosamente “decolou”, e voou por aproximadamente 10 metros. Até aí tudo bem, pois a decolagem foi bem sucedida. O problema foi na aterrissagem (1), pois o pneu dianteiro do lado direito literalmente explodiu ao tocar o solo, e o carro acertou violentamente a mureta de proteção entre as pistas… Após o carro girar por mais de 500 metros, acertando por diversas vezes as muretas de ambos os lados da rodovia, finalmente acabou. Parte do carro já não mais existia, mas todos ainda respiravam (de maneira mais rápida e ofegante, mas respiravam).

Ocorre que enquanto todos ainda gritavam, me xingavam ou apenas curtiam um momento de apoplexia nervosa, algo incrível aconteceu (2) : percebi que nos poucos segundos que se passaram entre o início e o fim do acidente, eu havia adquirido uma nova perspectiva em relação ao software livre, e correlacionado as implicações e fatores de sua adoção sob a égide casuística da existência humana. A direção perigosa da padronização “restritiva” das ferramentas que possibilitam (e cada vez mais possibilitarão) a interação globalizada do pensamento tornou-se clara. O “copyright” é um perigo à velocidade com que a T.I.C (Tecnologia da Informação & Comunicação) avança.

Parece-me claro que estamos atingindo a “massa crítica” para que a interação globalizada atinja um enfoque direcionado e prático à integração do “individual” ao “coletivo”. Quando isto tomar vulto, a sociedade irá “decolar” para um próximo estágio de integração intelectual.

O problema não será a decolagem, mas sim a aterrissagem. Se todo o peso do processo cognitivo estiver concentrado em um sistema conservador (de direita), que atualmente está na ´dianteira´ do desenvolvimento de soluções “fechadas” e resguardadas pelo “copyright”, ao tocarmos novamente o solo, o “pneu” irá explodir, ameaçando, limitando ou impedindo o fluxo de informações, ou ainda de maneira metafórica, tirando de rota a liberdade intelectual que forma o processo cognitivo coletivo. Neste ponto, é interessante citar as palavras de Thomas Jefferson, e que foram proferidas pelo Ministro da Cultura, Gilberto Gil, no evento da Berkley University e FAPESP, o I-Law, que ocorreu no Rio de Janeiro a em Março de 2003:

Aquele que recebe de mim uma idéia tem aumentada a sua instrução sem que eu tenha diminuída a minha. Como aquele que acende sua vela na minha recebe luz sem apagar a minha vela. Que as idéias passem livremente de uns aos outros no planeta, para a instrução moral e mútua dos homens e a melhoria de sua condição, parece ter sido algo peculiar e benevolentemente desenhado pela natureza ao criá-las, como o fogo, expansível no espaço, sem diminuir sua densidade em nenhum ponto. Como o ar que respiramos, movem-se incapazes de serem confinadas ou apropriadas com exclusividade. Invenções, portanto, não podem, na natureza, ser sujeitas à propriedade.”

Thomas Jefferson

A sociedade ensaia os primeiros passos na eterna luta para subjugar o imponderável em favor do conhecimento amplo e compartilhado, cujo objetivo é a melhoria na qualidade de vida de todo um povo e das gerações vindouras. O caminho que segue para isto é a de uma sociedade capitalista, que enfatiza o consumo como base de estrutura e subsistência. O resultado é a polarização do domínio da tecnologia às grandes empresas (Microsoft, IBM (3), Cisco etc), que tendem a manter o poder pelo controle da informação e conhecimento. Sua principal ferramenta é o “software proprietário”, que mantém o “cliente” nas mãos do detentor do “copyright”, sem a possibilidade de expandir as capacidades do produto adquirido às suas próprias necessidades. Neste modelo existe muito pouco espaço para que soluções individuais enriqueçam um modelo cooperativo, integrado e mundial. O problema é colocar tais conceitos como bases do avanço da Tecnologia da Informação. Avançamos por uma estrada perigosa, com um carro que ainda não é conhecido inteiramente, e guiado por várias motivações (motoristas). Não bastassem estes problemas, andamos em alta velocidade, a as rodas (bases) não permitem mobilidade. Certamente iremos bater mais e mais nas “muretas” de proteção da pista, a que chamamos de “copyright”.

Assim como o homem dos primórdios da civilização necessitava compreender e dialogar com a natureza, para domá-la, apaziguá-la e respeitá-la (4), a fim de tornar o destino mítico passível de mudança, o homem moderno precisa integrar-se cada vez mais na sociedade atual, cuja especialização e interdependência acentuam-se exponencialmente (5) . Parece-me claro que as ferramentas e estrutura (jurídica e social) devam permitir que o indivíduo conheça, adapte e aperfeiçoe o meio a que Bill Gates chamou de “Super Estrada da Informação”. Não falo em uma nova versão do (laisse faire, laisse passer), pois como já disse, o “copyright” é uma “mureta de proteção” a serviço da criação intelectual. A resposta não está no dualismo entre “fair use” e “fare use”, mas sim no equilíbrio dos opostos.

A dicotomia entre liberdade intelectual e “copyright” se constituem em uma discrepância de conceitos, que parecem ser herança do dualismo de nossa cultura ocidental (céu e inferno – bom e mau – certo e errado…). Talvez a resposta não esteja na tecnologia, ou sequer no direito. Parece-me que o princípio norteador mais coerente que se apresenta para o impasse tem mais de cinco mil anos, e vêm da filosofia chinesa. O TAO, e posteriormente o Tao-te ching, que são a regra e a negação da regra, o caminho do meio que norteia, mas não condena, considerando toda a estrutura como um só organismo e com um objetivo comum. Pode parecer exagero considerar o Direito e a Internet sob um prisma filosófico oriental (e por certo muitos vão achar que devo ter batido a cabeça no acidente), mas a despersonificação do indivíduo no meio digital permite, sob um prisma mais transcendental, um “encontro de almas” e conhecimento jamais visto em nossa história. É uma linda estrada na qual seguimos rapidamente… Mas talvez estejamos olhando para o “lado” errado da pista.

Notas do Texto

(1) – É interessante observar que o maior número do acidentes aéreos ocorrem nas decolagens ou nas aterrissagens. Os maiores

estragos (e mortes) são causados nas aterrissagens. Isto lembra de um de meus últimos vôos, quando derrubei um “Skylane” em Faxinal, interior do estado… Mas isto é uma outra história…

(2) – Observe-se que em situações de “stress” as pessoas reagem de formas distintas. O perigo eminente pode haver uma dissociação do processo cognitivo, que integrada ao aumento da atividade cerebral pode levar à “insights” momentâneos. A dissociação também leva a uma “desconexão temporal associativa”, razão pela qual muitas pessoas enxergam as situações de “stress” em “câmera

lenta”, ou ainda, vêem “a vida passar por seus olhos” em frações de segundo. Walter B. Cannon (1871 – 1945) têm alguns artigos bem interessantes nesta área. – Pessoalmente, acredito que estas situações podem estimular o cérebro ou o sistema digestivo… Por sorte, no caso do acidente acima, a reação psicológica estimulou apenas meu córtex.. .

(3) – Um fato interessante é a própria história dos micro-computadores, em que a IBM, nos primórdios do computador pessoal (PC), fazia máquinas limitadas e lentas, propositalmente, para que estas não ameaçassem seu principal produto, que eram os MainFrames. É significativo que ainda hoje nós utilizemos um padrão de processamento ultrapassado (os processadores x8086), quando a atual tecnologia permite dispositivos bem mais modernos e baratos… Por certo, a portatibilização e

incompatibilidade com os atuais “softwares proprietários” tornam a iniciativa pouco atrativa, do ponto de vista comercial.

(4) – As primeiras tentativas neste sentido datam de 2500 anos atrás, e surgiram no vale do ´Huang-Ho´ (Rio Amarelo). Estas iniciativas deram surgimento ao “Fung-Shui”, e visavam a elaboração de métodos de análise de alterações climáticas, composições dos solos, pesquisas minerais e previsões meteorológicas. (tais referências encontram-se em registros e documentos históricos – mas não tenho sua relação, pois ainda me encontro no “guincho”…)

(5) – Certa vez, (em u´a monografia, se não me engano) comparei a civilização moderna às colônias de insetos gregários, onde cada componente especializa-se profundamente em aspectos determinados da sociedade, aumentando a capacidade coletiva, e diminuindo a possibilidade de sobrevivência individual. Na T.I.C. (Tecnologia da Informação & Comunicação), isto é chamado de capacidade intelectual coletiva.

(6) – Não há de se determinar quais serão as ferramentas de interação, mesmo em um futuro próximo, pois além de ferir-se o pressuposto da “neutralidade tecnológica”, o perigo da capacidade criativa humana é latente. Como disse Carl Seagan, em seu livro “Bilhões e Bilhões”: As invenções mais fantásticas da humanidade são aquelas que não podemos prever… “

(7) – Existem várias iniciativas neste sentido, a exemplo das “Creative Commons”…

(por Paulinho R Silva)

Ubuntu

20/03/2013 às 3:48 | Publicado em Artigos e textos, Zuniversitas | Deixe um comentário
Tags: ,

A origem do Ubuntu. E a pergunta para pensar é: por que com um software livre deste nível ainda nos subjugamos à neo-escravidão tecnológica do Windows ?


foto

UBUNTU

Um antropólogo estudava os usos e costumes de uma tribo, na África. Quando terminou seu trabalho de campo, teve de esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto, de volta para casa. Sempre cuidava para não influenciar os membros da tribo passando para eles os maus costumes dos ocidentais. Como sobrava muito tempo, propôs uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas, na cidade. Botou tudo num cesto bem bonito, com um belo laço de fita, e colocou debaixo de uma árvore. Então, chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse “já!”, elas deveriam sair correndo até o cesto. A que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse “Já!”, instantaneamente, todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e os comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido todas juntas, se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam: “Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz, se todas as outras estivessem tristes?”

Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Ubuntu
significa: Sou quem sou, porque somos todos nós!”

Atente para o detalhe: porque SOMOS

UBUNTU PARA VOCÊ!

Quarta revolução industrial: A Era das Máquinas Livres

01/12/2012 às 3:13 | Publicado em Artigos e textos, Zuniversitas | 5 Comentários
Tags: ,

Esta é uma continuação do tema exposto num post de 15 de setembro do ano passado com o título “Nova Revolução Industrial“. É impressionante o poder desta nova tecnologia, aqui não mais se trata apenas de software livre, mas de hardware livre !


Quarta revolução industrial: A Era das Máquinas Livres

Faça parte da quarta revolução industrial: A Era das Máquinas Livres

Para Joshua Pearce, o “faça você mesmo científico” está dando início a uma revolução: a era das máquinas livres, com software e hardware abertos. [Imagem: Sarah Bird/Michigan Tech]

“Faça você mesmo científico”

O movimento “Faça Você Mesmo” saltou das tarefas domésticas para os laboratórios de pesquisa.

E o salto foi impulsionado pelos mesmos motivos: economizar dinheiro e obter exatamente o resultado que você deseja.

Para Joshua Pearce, o “faça você mesmo científico” está dando início a uma revolução.

Três forças convergentes, todas de código aberto (open-source), estão por trás dessa revolução, explica o pesquisador em um artigo publicado no número mais recente da revista Science: software, impressoras 3D e microcontroladores.

Com essas ferramentas, pesquisadores de todo o mundo estão reduzindo o custo de fazer ciência, construindo seus equipamentos no próprio laboratório.

Arduíno

Tudo está sendo possível graças ao microcontrolador open-source Arduíno.

“A beleza desta ferramenta é que é muito fácil de usar,” disse Pearce, que é professor da Universidade Tecnológica de Michigan. “Ela torna muito simples a tarefa de automatizar processos.”

Veja como funciona.

O Arduíno – que é vendido por menos de R$100 no varejo – pode controlar qualquer instrumento científico, seja um contador Geiger, um osciloscópio ou um sequenciador de DNA.

Mas ele realmente brilha quando controla impressoras 3D, tais como a também de hardware aberto RepRap.

Esta engenhoca do tamanho de um forno de micro-ondas pode ser construída por menos de R$1.000, e pode construir suas próprias peças – uma vez que você tenha uma RepRap, você poderá construir tantas quantas queira. O laboratório de Pearce já tem cinco.

Impressoras 3D constroem objetos lançando camadas de plástico com espessura abaixo de um milímetro, umas sobre as outras, seguindo padrões específicos. Isso permite aos usuários construir equipamentos segundo suas próprias especificações, não ficando mais dependentes do que podem comprar no mercado.

O Arduíno controla o processo, dizendo à impressora 3D para fazer qualquer coisa, de um trem de brinquedo a um macaco de laboratório – não o animal, mas aquele equipamento de levantar coisas.

Faça parte da quarta revolução industrial: A Era das Máquinas Livres

A impressora 3D RepRap está sendo usada para construir equipamentos reais para uso nos laboratórios científicos. [Imagem: Pearce/Science]

Universo das Coisas

Macacos de laboratório levantam e abaixam equipamentos ópticos, mas não são radicalmente diferentes do macaco que você usa para trocar o pneu do carro.

O professor Pearce precisou de um em seu laboratório e, ao saber que o equipamento custaria milhares de dólares, resolveu projetar o seu próprio.

Usando uma RepRap, filamentos de plástico barato e algumas porcas e parafusos, Pearce e seus alunos construíram um por uma bagatela.

Então eles postaram o código OpenSCAD, que usaram para fazer seu macaco de laboratório, no Thingiverse, um repositório de projetos de código aberto, onde os membros da “comunidade de fazedores” podem enviar seus projetos para todos os tipos de objetos, e receber feedback.

“Imediatamente, alguém que eu nunca encontrei, disse: ‘Isso não vai funcionar muito bem, você precisa fazer isso’,” conta Pearce. “Nós fizemos uma mudança simples, e agora temos um macaco de laboratório que é superior ao nosso projeto original.”

O Thingiverse – o “Universo das Coisas” (Things + Universe) – é um filho do movimento do software livre e de código aberto. Além de projetos para todos os tipos de objetos, ele pretende juntar milhares de mentes especializadas para resolver problemas. É a última palavra no trabalho em equipe, disse Pearce.

Faça parte da quarta revolução industrial: A Era das Máquinas Livres

O macaco de laboratório foi otimizado com a ajuda da comunidade de hardware aberto. [Imagem: Thingiverse]

Economia da doação

“Os movimentos do software livre e do hardware livre estão criando uma economia das doações. Nós pagamos para a comunidade submetendo nossos projetos, e recebemos pagamentos de volta na forma de um excelente feedback e acesso livre ao trabalho de outras pessoas. Quanto mais você dá, mais você recebe, e todos ganham nesse processo,” disse ele.

A comunidade Thingiverse já tem uma linha completa de projetos com código-fonte aberto para mais de 30 mil “coisas”.

E é tudo barato, o que traz em si a emergência dessa revolução.

Pearce relata que agora está ajudando seus estudantes a organizarem uma empresa cujos objetivos serão fazer projetos de código e hardware abertos para a indústria e construir instrumentos de laboratório sob medida para professores universitários, fornecendo tudo pronto por uma fração do custo dos equipamentos comerciais.

“Isso dará aos alunos as competências de que necessitam e lhes permitirá beneficiar toda a sua área de pesquisas,” disse ele.

Faça parte da quarta revolução industrial: A Era das Máquinas Livres

Este equipamento permite construir trocadores de calor fundindo camadas de sacolas plásticas. [Imagem: Thingiverse]

Revolução da fabricação própria

Se a iniciativa se disseminar, milhares ou milhões de dólares que são gastos pelos laboratórios de pesquisa em todo o mundo para comprar equipamentos, agora poderão ser usados para dar apoio aos alunos.

Mesmo escolas de ensino médio poderão ter recursos para bons laboratórios de ciências. Mais pesquisas poderão ser financiadas com menos recursos, levando a mais descobertas.

“Usando hardware livre economizamos milhares de dólares para o nosso grupo de pesquisa, e estamos apenas esquentando os motores. Isso vai mudar a maneira como as coisas são feitas,” disse Pearce. “Não há como parar essa revolução.”

O endereço do Universo das Coisas é http://www.thingiverse.com, e uma boa forma de colaborar com essa nova onda seria que um grupo brasileiro se encarregasse de começar uma versão “.com.br” dessa “revolução das coisas”.

(Baseado em artigo de Marcia Goodrich – 22/09/2012)

Bibliografia:
Building Research Equipment with Free, Open-Source Hardware
Joshua M. Pearce
Vol.: 337 – PP. 1303-1304
DOI: 10.1126/science.1228183

Próxima Página »

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.
Entries e comentários feeds.