Ciência é vida

29/11/2023 às 2:18 | Publicado em Artigos e textos, Zuniversitas | Deixe um comentário
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Tanto a ciência como a educação são estratégicas e partes da vida em sociedade.

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Ciência é vida

Acompanhamos com perplexidade o crescimento do negacionismo científico, principalmente durante a pandemia. A resposta ágil na produção de vacinas contra a Covid, notório resultado de anos de pesquisas na área, não impediu a enxurrada de desinformações produzida de maneira irresponsável e com efeito devastador. A falta de informação aliada à construção de narrativas que desmereciam a ciência levou muitas pessoas a não vacinação, colocando a própria vida e de outros em risco.

Historicamente os efeitos das campanhas de vacinação no país sempre foram perceptíveis, como contra a poliomielite, que salvou milhares de vidas e por muitos anos erradicou a doença. Em minhas reminiscências, busco a história de Teo, vou chamá-lo assim. Teo era garoto, mas fez com que os adultos da minha família mantivessem a vacinação das crianças em dia, pelo menos até agora. Estamos na década de 60 e, no caso de Teo, sua mãe estava com ele aguardando seu momento de ser vacinado em uma fila para a imunização. Ao chegar a sua vez, as doses haviam acabado e, com isso, Teo teve um futuro muito difícil. Hoje já não faltam mais vacinas como antigamente, mas muitas campanhas têm ficado aquém do público esperado, e um dos motivos está na desinformação, embalada pelas mais estapafúrdias especulações em relação à eficiência vacinal. Para o enfrentamento de tamanha problemática, foi lançado no dia 24 de outubro de 2023 o Programa “Saúde com Ciência” com o objetivo de valorizar a ciência, defender as vacinas e enfrentar a desinformação.

O campo da saúde é apenas um deles. O Brasil tem se destacado no desenvolvimento de infraestruturas que potencializam pesquisas imprescindíveis para diversos campos. Um exemplo é a implementação do Orion, o primeiro laboratório do mundo de contenção biológica a estar conectado com Luz Síncroton, em Campinas. Isso gera um potencial surpreendente para o desenvolvimento de pesquisas, métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos.

Tanto a ciência como a educação são estratégicas e partes da vida em sociedade. Dar oportunidades a crianças e jovens de se aproximar e produzir ciência, tendo a chance de perguntar, experimentar, questionar e registrar, seguramente contribuiu para a melhoria de sua qualidade de vida e do seu entorno. Nesse sentido, para incentivar a promoção da ciência dentro das escolas da educação básica numa forte relação com as instituições de ensino superior e demais entidades científicas, a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) lançou o “SBPC vai à escola”, com edital na página http://portal.sbpcnet.org.br/escola. As inscrições vão até o dia 13/11/23 e têm por objetivo estimular a criação de propostas que contemplem o tema da 76ª Reunião Anual, “Ciência para um Futuro Sustentável e Inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”.

Que nunca mais nos faltem vacinas, nem a consciência de que a ciência deve fazer parte das nossas vidas.

(Salete Cordeiro)

FONTE: JORNAL A TARDE, SALVADOR-BA, 08.11.2023

Tempo e qualidade de tela de crianças e adolescentes exigem política nacional

14/11/2023 às 3:01 | Publicado em Artigos e textos, Zuniversitas | Deixe um comentário
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Artigo indispensável para quem tem filhos e/ou netos, em especial crianças e adolescentes.

Dados alarmantes:

Entre a população com idade entre 9 e 17 anos, 95% são usuárias de internet, segundo a pesquisa TIC Kids Online 2023. Apesar do uso intenso e cada vez mais cedo, o nível de criticidade dos usuários é preocupante. O estudo mostra, por exemplo, que 40% dos adolescentes acreditam que o primeiro resultado de uma busca na internet é o mais confiável.

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Tempo e qualidade de tela de crianças e adolescentes exigem política nacional

Quanto tempo por dia seu filho, sobrinho ou aluno permanece com a atenção nas telas do celular, do computador, da TV ou de outro dispositivo eletrônico? Você sabe quais tipos de experiências já tiveram na internet? Essas são algumas questões que afligem familiares e profissionais comprometidos com o desenvolvimento integral e saudável de crianças e adolescentes.

O governo federal ainda não tem orientações nacionais para esse tema, mas há uma iniciativa importante nessa direção. Até o dia 23 de novembro, está aberta uma consulta pública sobre o assunto e espera-se contribuições das próprias crianças e adolescentes, além de responsáveis por eles, especialistas e representantes da iniciativa privada, organizações sociais e agentes públicos.

Em pouco mais de três semanas que foi iniciada, a consulta recebeu menos de 300 contribuições na plataforma Participa + Brasil. A consulta pública enquanto dispositivo de participação é super importante, mas ainda pouco conhecida pela população. Para familiares, educadores e demais profissionais que trabalham com e para crianças e adolescentes, esta é uma oportunidade também de valorizar a consulta como estratégia de promoção de reflexões e estímulo à elaboração de propostas de soluções para problemas que impactam a vida desse público infanto-juvenil e não só ele. A questão em pauta interessa a toda a sociedade que se preocupa com a saúde física, mental, psíquica e emocional da população brasileira e, em especial, da mais nova.

É esta consulta que subsidiará a elaboração de orientações para o uso de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes. E estes públicos são os mais expostos aos riscos sistêmicos dos ambientes digitais, que são agravados pelo modelo de negócio das plataformas, que usam algorítmicos que estimulam cada vez mais comportamentos compulsivos. Em outubro, vale lembrar, 42 estados norte-americanos processaram o grupo Meta (proprietário do Instagram, WhatsApp e Facebook) por alimentar plataformas projetadas para viciar crianças e adolescentes. Os problemas associados ao uso excessivo de dispositivos digitais incluem quadros de ansiedade, depressão, dificuldade de atenção, riscos de abusos diversos, além de outras consequências preocupantes.

Entre a população com idade entre 9 e 17 anos, 95% são usuárias de internet, segundo a pesquisa TIC Kids Online 2023. Apesar do uso intenso e cada vez mais cedo, o nível de criticidade dos usuários é preocupante. O estudo mostra, por exemplo, que 40% dos adolescentes acreditam que o primeiro resultado de uma busca na internet é o mais confiável. Todas essas questões convocam a urgência de o Brasil definir uma política de educação midiática, além da preeminência de se avançar com a regulação das plataformas.

(Daniela Silva)

FONTE: JORNAL A TARDE, SALVADOR-BA, 08.11.2023

O uso excessivo de telas e seus impactos

05/09/2022 às 3:43 | Publicado em Artigos e textos, Zuniversitas | 1 Comentário
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Dedico este post a quem tem filhos crianças e/ou adolescentes. As recomendações da OMS são importantes !

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O uso excessivo de telas e seus impactos

Sabemos o quanto a tecnologia está cada vez mais inserida no nosso dia a dia, com o intuito de facilitar a vida e trazer praticidade. Nas residências, a inteligência das coisas é frequente, assim como o uso de aparelhos conectados no trabalho, nos meios de transporte e até mesmo na saúde. E essa era digital se tornou ainda mais presente entre crianças e adolescentes por meio de games, redes sociais e aplicativos de vídeos, cheios de atrativos e estímulos, em computadores e smartphones, entre outros dispositivos. Mas o que aparenta ser inofensivo no seu uso por alguns minutos pode trazer impactos severos, caso não haja moderação.

O uso de telas por crianças e adolescentes é um tema que há tempos preocupa especialistas e muitos pais. Com a pandemia, a adoção de aulas online intensificou essa preocupação. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), menores de 2 anos precisam evitar a exposição às telas, inclusive passivamente. Entre 2 e 5 anos, máximo de 1 hora por dia; entre 6 e 10 anos, máximo 2 horas por dia; entre 11 e 18 anos, de 2 a 3 horas por dia para telas e jogos de videogame. E o que pode acontecer no desenvolvimento dessa criança e adolescente expostos ao tempo excessivo de telas, aos estímulos ambientais que interferem no desenvolvimento cerebral e mudam a forma de pensar, memorizar e fazer uma atividade?

O uso das tecnologias tem efeitos na cognição, emoções, linguagem, comunicação e socialização. Pode vir a gerar déficit de atenção, atrasos cognitivos, distúrbios de aprendizagem, aumento de impulsividade, diminuição da habilidade de regulação própria das emoções, gerando ansiedade, depressão e agressividade. Uma criança que tem um diagnóstico TEA (Transtorno do Espectro Autista), por exemplo, tem uma predisposição à hiperatividade, que pode ser potencializada. Assim também como uma criança que não apresenta deficiência pode vir a desencadear os sintomas relatados.

E o que fazer? Primeiro, é preciso estabelecer limites. Faça acordos com o seu filho, sobre o tempo de uso e tipos de conteúdo que está consumindo. É importante estipular regras, como desligar as telas duas horas antes de dormir ou durante as refeições.

Atentem que criança gosta de brincar! Tenha um repertório, utilize tintas, massinhas, jogos educativos, livros e músicas. Crianças imitam adultos, por isso devemos servir de exemplo. Sempre que possível, tire um tempo no qual a sua atenção seja dela, traga para o mundo real o que ela gosta nas telas, utilizando a criatividade, propondo sempre algo divertido. E inclua as crianças e adolescentes nas responsabilidades de casa, tarefas fáceis que eles consigam executar e que virem rotina, desenvolvendo habilidades essenciais para uma vida adulta

(Nicole Marques)

FONTE: JORNAL A TARDE, SALVADOR-BA, 22.08.2022

O dado assombroso que o governo esconde sobre a pandemia

01/06/2022 às 2:44 | Publicado em Midiateca, Zuniversitas | Deixe um comentário
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Esses dados são assombrosos ! De quem é a responsabilidade ? Justifica ou não a alcunha de “genocida” ?


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