ZÉducando

A Marcha da Insensatez

Muito interessante este livro da historiadora Bárbara Tuchman. Trata-se de um compêndio explicando a insensatez dos governantes, de Tróia ao Vietnã, passando pelos papas da renascença e pela perda britânica da América, com pitadas no asteca Montezuma e no persa Dario, entre outros.

E hoje ? Os sinais estão ai para quem quiser ver. Vale observar a insensatez atual dos EUA em relação aos seus inimigos e a cegueira igualmente insensata para o crescimento do novo império, a China. Mundo que gira, vida-insensatez que se repete.

Não achei o livro na Internet para compartilhar aqui, mas deve haver algum link, deixo aos leitores a pesquisa, mas a título de ‘aperitivo’ escaneei um trecho sobre a forma como Dario se tornou o rei dos persas:

“Na América, onde o processo eleitoral está inundado por técnicas comerciais de levantamento de fundos e de criação de imagens, poder-se-ia retornar a um processo seletivo tão despreocupado com as qualificações corno aquele que fez de Dario Rei dos Persas. Quando ele e seus companheiros de conspiração – segundo recorda Heródito –
derrubaram o déspota reinante, discutiram que espécie de governo – monarquia ou oligarquia a ser exercida pelos mais sábios – deveriam estabelecer. Dario defendeu a ideia de que seria melhor manter a regra de um único dirigente, escolhendo-se “o melhor homem do país”. Persuadido, o grupo concordou em cavalgarem juntos no dia seguinte; aquele cujo cavalo fosse o primeiro a relinchar no momento em que o sol nascesse, seria o rei. Graças ao ardil de um criado engenhoso, que acorrentou urna égua favorita no lugar crítico, o cavalo de Dario reagiu a tempo e seu afortunado proprietário, dessa forma onsiderado o melhor homem para o cargo, subiu ao trono.”